“Parasita” é realmente tudo o que falam

Longa leva o cinema sul-coreano ao patamar da excelência, fazendo jus aos elogios que vem recebendo


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Longa leva o cinema sul-coreano ao patamar da excelência, fazendo jus aos elogios que vem recebendo

Uma família em que seus quatro integrantes estão desempregados vivem em um porão sujo e apertado no subúrbio da cidade. Por obra do acaso, o filho adolescente consegue um trabalho como instrutor de inglês de uma menina de uma família rica. Fascinados com a vida luxuosa destas pessoas, pai, mãe, filho e filha bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa. No entanto, os segredos e mentiras necessários à ascensão social custarão caro a todos. Essa é a sinope de “Parasita”, longa dirigido por Bong Joon-ho, que venceu a Palma de Ouro e é favoritíssimo ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

Após assistir “A Criada” e me surpreender positivamente, meus olhos se abriram para o cinema sul-coreano e, em uma passada pelo Filmow, encontrei a notícia de que “Parasita” estava prestes a estrear no Brasil. Simplesmente corri para ver. E não me arrependo.

O filme percorre naturalmente entre o humor e o drama, em uma história que expõe a desigualdade social que só cresce naquele país. Acredito que se não fosse por aquela casa ter mais da metade do pé direito abaixo do nível da rua, poderia ser uma família brasileira também. Embora aqui pessoas vivem em situações piores.

Não chega a ser um filme que explora muito a luta de classes. Na verdade aqui somos apresentados às realidades diferentes de cada família, de um lado os que lutam para conseguir sobreviver, e do outro o “1%” que vive em sua bolha. A visão que temos da Coreia do Sul é de um país superdesenvolvido, e o diretor parece querer mostrar que “também existe pobreza aqui”. Mas também parece dizer “não há nada que possa mudar essa realidade”.

Quem assiste a “Parasita” chega ao final do filme satisfeito e sai do cinema encantado. Tudo funcionou nesse filme.

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Comments (

1

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  1. André Barros Balloni

    Assisti esse filme no cinema e toda a sala se espantou a cada cena inesperada, principalmente aquela do porão. Já conhecia o diretor e dos filmes que assisti dele, esse é o melhor.

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