No filme dirigido por Ninja Thyberg, roteirista e protagonista estão indo em direções diferentes
Bella é uma jovem de 20 anos que sai da Suécia e vai para os Estados Unidos com a ambição de se tornar a nova estrela pornô de Los Angeles. Durante a jornada, a protagonista divide apartamento com outras meninas que possuem o mesmo sonho, participa de cenas de filmes pornográficos violentos e lida com a rivalidade dos profissionais da indústria pornô.
Frequentemente meninas prostituem seus corpos pela necessidade de dinheiro. Não é o caso de Bella, uma jovem de classe média alta vinda de Estocolmo. Se o dinheiro não é o que motiva a personagem, o que é então? Qualquer expectador mais atento fará essa pergunta, e é aqui que o filme erra. Não fica claro qual a motivação da personagem em ser uma atriz pornô. Além de não sabermos o porquê dela estar ali, a atuação de Sofia Kappel é de uma protagonista assustada, ingênua e que precisa ser salva por alguém. Existe um conflito entre aquilo que é vendido na sinopse e a execução de fato da obra.
Confesso que antes mesmo de começar o filme, eu esperava que de fato seria uma obra que se vende como polêmica, mas que não é nada que nós já não saibamos. No entanto, sexo instiga e causa curiosidade. Mas o que pode ser considerado chocante no filme é no máximo cenas de sexo violento onde a atriz engasga enquanto chupa uma rola. Qualquer pessoa que já entrou no PornHub não se choca com nada disso.
A fotografia é sublime e os fatos acontecem em uma velocidade interessante, mas “Pleasure” não convence em meio a tantas contradições.
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