Durante o período de queda no número de mortos e de infectados pela COVID-19 conforme avançava a vacinação no Brasil, além da clara alegria e alívio expressado pela maioria das pessoas, foi possível perceber um desalento em alguns progressistas que, mesmo com os números dizendo que as pessoas poderiam voltar a viver suas vidas como antes, continuavam a serem fiscalizadoras de máscara e embaixadoras de álcool gel e, surpreendentemente, continuavam a pedir lockdown.
Os negacionistas do fim da pandemia, que hoje devem estar gozando sem usar as mãos pelo aumento dos casos da doença agora no final do ano, parecem ter se apegado tanto à COVID-19 que estar dispostos a prolongar essa condição o máximo possível.
O mesmo parece acontecer agora com o fim das eleições. Bolsonaro foi derrotado e por hora saiu de cena, está cumprindo aviso prévio e em suas redes sociais posta TBT todos os dias, denotando sua melancolia e saudosismo. É claro que apesar da derrota do seu líder, o bolsonarismo não morreu, mas poderíamos seguir a vida até o próximo embate. Mas não é o que está acontecendo.
A esquerda não quer se desapegar de Bolsonaro e de todo o caos da polarização que ele deixou. Basta acompanhar a Copa do Mundo que está acontecendo no Catar: esquerdistas não querem usar a camisa da seleção; quando usam, escolhem o uniforme azul, ou, pior, usam uma camisa vermelha patética com o rosto do Lula no escudo da CBF; pesquisam o voto de cada um dos jogadores pra definir se torcem por ele ou se desejam sua morte; chegam até a vibrar pelo lesão de um jogador da própria seleção brasileira.
Acredito que, como aconteceu com a COVID-19, a esquerda se apegou tanto à desgraça que não quer soltá-la. Uma pena para nós, que ainda temos que continuar a ver, ler e ouvir sobre essa polarização quando queríamos apenas um período de descanso para acompanhar um torneio que acontece a cada quatro anos.
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