Em setembro de 2018 a advogada Isabel Macedo de Jesus estava comemorando seu aniversário em Fernando de Noronha, local onde Luísa Sonza também se apresentava. Quando Isabel passou por Sonza, a cantora pediu para que ela a entregasse um copo d’água, e a advogada teve que explicar que era também uma hóspede, e não uma funcionária. Mulher negra, Isabela decidiu processar não somente a cantora, mas também a pousada por atos racistas.
O processo ganhou repercussão na segunda metade desse ano e, desde então, as pessoas da Internet aproveitam qualquer brecha para poder chamar Luísa Sonza de racista.
Claro que existe um racismo entranhado no dia-a-dia das pessoas e a desigualdade social, tão atrelada à raça, faz com que certos ambientes sejam frequentados quase exclusivamente por brancos, como é o caso de Fernando de Noronha. Provavelmente Isabel era uma das poucas pessoas negras hóspedes daquele local e a maioria dos negros ali estavam trabalhando. Com certeza é uma situação chata para Isabel ser confundida com uma empregada, principalmente se essa não for a primeira vez. No entanto, é a repetição das cenas de ver os negros apenas como empregados ali que pode ter levado Luísa Sonza a se confundir.
Faz sentido chamar a cantora de racista, no sentido de alguém que acha que negros são inferiores, que devem ter menos direitos ou até mesmo eliminados? Pelo que vi de Luísa Sonza, ela não parece ter esses pensamentos. Ao contrário, ela parece ser muito mais uma pessoa que está ao lado das minorias.
Mas a quem interessa fazer uma análise inteligente dos fatos se chamar Luísa Sonza de racista é muito mais fácil? Ela é o cachorro morto da vez que todo mundo aproveita para chutar.
De novo, não se deve tirar o direito de Isabel ficar chateada, realmente é uma situação desagradável. Só que não somos totalmente evoluídos e Luísa Sonza ainda tem o que aprender, e na equação toda a cantora parece ter mais acertos do que erros.
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