Confesso que há muito tempo não ficava chocado com o texto de algum colunista de jornal como fiquei com a última coluna de Anna Marina no Estado de Minas, publicado essa semana.
Além de despejar todo o seu machismo em cima da primeira-dama Janja da Silva, Anna Marina atacou a escolha do presidente Lula de subir a rampa do Palácio do Planalto acompanhado de representantes de alguns grupos sociais subrepresentados.
Anna escreve que por mais que tenhamos “índios, pretos e estropiados” compondo o povo brasileiro, “colocar essa seleção” como sendo “a cara da nação” é uma “forçada de mão”.
Por mais que eu implique com o fato da esquerda, na incapacidade de propor um projeto que substitua o capitalismo, tenha se alojado no campo cultural e das minorias sociais, jamais acharia aceitável que um texto desse nível fosse publicado em um jornal.
Fico me perguntando se o Estado de Minas não tem um editor, um redator ou algum responsável para receber e analisar os textos antes da sua efetiva publicação.
Talvez não tenha mesmo, e pela ausência de cuidado é que o Estado de Minas é conhecido hoje como um ex-grande jornal.
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