Essa semana a cantora Iza se declarou demissexual, o que significa que ela só se sente atraída sexualmente quando existe um vínculo afetivo com a outra pessoa. A demissexualidade vem sendo inserida na gíria LGBTQIA+, o que de fato é um erro, pois Iza continua sendo uma mulher hétero, a única diferença é que ela não gosta de transar casualmente.
Essa necessidade de se colocar no número máximo de minorias possível, acumular títulos de opressão, vem sendo visível na Internet, onde parece haver uma disputa de quem é mais oprimido. No caso da Iza, que é uma mulher negra de origem pobre, nem seria necessário ter mais um rótulo de minoria, mas, ainda assim, por que não?
Vale lembrar do movimento de mulheres alegando que homens que se sentam com as pernas abertas estão as agredindo, reclamando de serem chamadas de “esposas”, ou de serem objeto de ciúmes de seus parceiros.
É uma vontade coletiva de encontrar algum vestígio de atrito para dizer que está sofrendo algum tipo de violência, ao ponto de terem que dar um nome e uma sigla para quem precisa de um abraço depois do sexo.